Foi-se o tempo. Foi-se o tempo que diziam do mal gestor “não me deu nem um parabéns” e que o bom, era aquele que dava.
Para hoje, o parabéns simplesmente não basta. Reconhecimento é relevante, mas tenho me deparado com profissionais que são reconhecidos e que o gestor deixa claro o quão importantes são. Mas é preciso mais. É preciso uma estrutura de trabalho, uma carga horária condizente, metas claras, perspectiva de médio prazo, quiçá de longo, um empresa minimamente organizada e segura, que inspira para onde vai.
O parabéns seguido de “esqueci de programar suas férias” perde todo sentido. Perde também sentido quando se atrasa o pagamento, se rompe os micro-combinados. Se perde naquela demanda da sexta feira, final do dia. Ou nos conflitos que colocam a festa da filha na escola ao lado da reunião xyz para resolver qualquer coisa adiável, mas que supostamente é inadiável.
Nem estou falando dos chefes abusadores, invasivos. Estou falando do desorganizado ou perdido. Aquele que está aos montes por aí. Aquele que acha que vai dar certo se colocar pessoas para trabalharem, lhes darem parabéns por suas conquistas de hoje, mas não organizarem o negócio a ponto de gerar uma perspectiva, um vínculo duradouro, uma segurança mínima que seja.
O melhor produto do mundo, o melhor salário do mundo e todos os parabéns do mundo não vão fazer sentido quando nas pequenas coisas ficar evidente que o funcionário é apenas mais um a produzir, sem uma perspectiva de crescimento nem que seja para os lados.
É tempo de dividir o pedaço do bolo.