
A Boa prática de liderança mais inusitada que você já viu.
Chamar meu time pelo nome nunca foi algo desafiador ou mecânico para mim. Mas a medida que fui crescendo na carreira passou a ser desafiador sim, afinal, era muita gente. 600 pessoas, como chamar todos pelo nome? Você vai entender como que entendi que essa era uma boa prática de liderança.
Nesse momento entendi que precisava tomar decisão: seguiria com aquilo? Pode parecer estranho, mas chamar alguns e não chamar outros, dentro de um ambiente de poder, pode parecer paternalista. Eu sabia e conhecia o paternalismo. EU precisava decidir.
Resolvi então que saberia o nome de todos os líderes, saberia o nome de todos. Acho que ali a decisão nem foi difícil porque eu já sabia. A cada nova promoção, eu mandava mensagem no privado, parabenizava. Mas eram 80 pessoas. Eu não poderia esquecer ninguém. E entre os demais da equipe, eu conheceria todos os que tivessem alta performance. Estabeleci esses critérios e segui adiante.
O que pra mim havia sido uma decisão pensada, porém sabendo que o mundo ideal seria saber o nome de todos os 600, para os que eram chamados pelo nome era motivo de impressionar: “Ela sabe meu nome?”. Eu sabia!
Eram umas 120 pessoas ou mais, mas nunca foi difícil pra mim porque na verdade eu sabia muito mais que o nome daquelas pessoas. Eu sabia a loja, a tarefa, eu conhecia os resultados de cada qual e quase sempre eu sabia um pouco da história delas. Minha rotina era estar em contato com eles, então não fazia o menor sentido eu conviver com aquelas pessoas, estar o tempo todo interagindo com elas e não saber o nome e suas histórias. Que tipo de interação seria esse?
Poise, mas em algum momento, meus superiores começaram a citar o que pra mim era natural como uma “boa prática de liderança”. Eu achava engraçado, me sentia lisonjeada. Mas não tarde me veio o questionamento: então se essa é uma boa prática de liderança, existe prática diferente dessa?
Ou seja, havia sim líderes que não conheciam a história das pessoas com quem trabalhavam e nem o nome delas. Foi uma surpresa! Mas foi a certeza de que havia um diferencial na minha forma de atuar. Quando meus liderados me diziam “você é diferenciada” eu achava exagero ou até babação. Mas comecei a observar, a partir da tal boa prática de liderança, que havia sim uma forma diferente.
Sou da escola da empatia. Gosto de gente. Trabalhar com pessoas e não conhecer as pessoas nunca fez o menor sentido. A boa prática na verdade pra mim era a única prática possível.
Como aprender o nome das pessoas?
Eu trabalho com um ferramenta bem poderosa em minhas mentorias que chama Mapa das Conexões. Trata-se de você mapear como está a sua conexão com seu time, entendendo o nível de conhecimento sobre cada um, suas histórias. Se você sabe sobre a história da pessoa, saberá também o nome dela, se duvidar, o nome do filho, dos familiares, etc. Se você quer conhecer mais sobre o Mapa de Conexões e mais outras 13 ferramentas de desenvolvimento para você líder, o Programa Primeira Liderança ajudará nessa demanda. Você consegue encontrar o Mapa de Conexões no link aqui!